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Intendendo um pouco sobre os óleos lubrificantes

  • Thalisson ALves
  • 2 de jun. de 2015
  • 5 min de leitura

Não basta lavar, encerar e completar o tanque de combustível para manter o veículo em dia. A conservação dos itens básicos, como o óleo lubrificante, é essencial para garantir o bom funcionamento de todos os componentes da motocicleta. Entretanto, poucas pessoas dão a devida atenção ao óleo lubrificante e, sobretudo, à marca utilizada, periodicidade de troca e utilização de produtos menos agressivos ao meio ambiente.

Toda a troca é determinada pela quilometragem, normalmente, está relacionada com o tipo de condução do motorista, ou seja, se sua forma de condução é “severa/leve” ou “cidade/estrada, neste caso em todos os manuais vem a informação sobre o tempo de troca em relação a utilização, sendo que em utilização severa o tempo geralmente diminui-se, mas sempre há, com muitas pessoas uma troca de definições pois a grande maioria acha que rodar em condições severas e pegar a estrada, quando na verdade está e uma condição leve pois não há o famoso “anda e para”, das grandes cidades, esta ação de saídas e frenagens e repetidas trocas de marcha geram muito atrito e esta é a verdadeira condição severa de uso, ou seja, se você utiliza a sua motocicleta apenas dentro de sua cidade, então deve se atentar que a está utilizando em condições severas não em condições leve.

Como também no manual há a recomendação de que tipo de óleo deve ser utilizado por sua motocicleta, tal recomendação deve ser sempre seguida pois evitara assim perca de potência, danos dentre outros problemas, pois as principais funções dos óleos lubrificantes são : reduzir o atrito entre as peças móveis e com isso reduzir o desgaste entre as peças , permitir partida e bombeamento de maneira mais fácil , proteger contra ferrugem e corrosão , manter limpas as peças do motor , refrigerar as peças do motor e ajudar na economia de combustível.

Existem três tipos básicos de óleos:

Minerais, que são obtidos a partir do óleo cru (petróleo). Sintéticos, que são obtidos através de processos químicos. Semissintéticos, que são obtidos através da mistura entre a base mineral e a base sintética.

Todos os óleos são classificados mundialmente independente da origem ou procedência. O órgão é o SAE (society of automotive engineers) que classifica a viscosidade e o API (american petroleum institute) que classifica a qualidade e desempenho.

Viscosidade é definida como a resistência que um fluido oferece ao seu próprio movimento. Quanto menor for a sua viscosidade, maior será a sua capacidade de escoar (fluir).

De uma forma mais técnica:

A viscosidade é a propriedade dos fluidos correspondente ao transporte microscópico de quantidade de movimento por difusão molecular. Quanto maior a viscosidade, menor a velocidade em que o fluido se movimenta.

Viscosidade é a medida da resistência de um fluido à deformação causada por um torque. É comumente percebida como a “grossura”, ou resistência ao despejamento.

Viscosidade descreve a resistência interna para fluir de um fluido e deve ser pensada como a medida do atrito do fluido. Assim, a água é “fina”, tendo uma baixa viscosidade, enquanto óleo vegetal é “grosso”, tendo uma alta viscosidade.

No Brasil utilizamos óleos Multiviscosos que são nada mais que óleos de inverno e verão, ou seja, atendem a duas especificações:

-Óleos de “grau de inverno”:

Óleos que possibilitem uma fácil e rápida movimentação, tanto do mecanismo quanto do próprio óleo, mesmo em condições de frio rigoroso ou na partida a frio do motor, e cuja viscosidade é medida a baixas temperaturas e tem a letra W acompanhando o número de classificação. Os testes para óleos de grau de inverno levam em consideração a resistência que o mesmo oferecerá na partida a frio do motor e a facilidade de bombeamento e circulação em baixas temperaturas.

– Óleos de “grau de verão”:

Óleos que trabalhem em altas temperaturas, sem o rompimento de sua película lubrificante, pois quanto mais quente o óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os óleos de grau de verão têm, portanto, sua viscosidade medida a altas temperaturas e não possuem a letra W. Os testes dos óleos de grau de verão verificam a operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja, a sua capacidade de oferecer proteção em regimes extremos.

A classificação da SAE (Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos óleos a 100°C, apresentando duas escalas:

0W até 25W – Escala de baixa temperatura

25W até 60W – Escala de alta temperatura

A letra “W” significa “Winter” (inverno, em inglês) e ela faz parte do primeiro número, como complemento para identificação.

Quanto maior o número, maior a viscosidade, para o óleo suportar maiores temperaturas.Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade, ou seja Quanto menor for o grau de viscosidade , mais fino é o óleo , e quanto maior for o grau de viscosidade mais grosso ele é.

As vantagens de se utilizar um óleo 15W- 50 por exemplo é que por ele ser 15W , quando o motor ou o clima estiver frio , o óleo irá circular pelo motor com muito mais facilidade e se caso a moto for submetida a condições extremas de utilização , competições ou transito intenso por exemplo , ele possuirá a viscosidade 50 , garantindo pressão de óleo boa e consequentemente proteção ao motor.

Vale sempre ler o manual e ver qual o óleo que melhor se adapta em sua moto no caso da falta, o fabricante sempre tem seu catalogo digital e la você poderá se informar, e ver que lubrificante melhor se adapta mas vale lembrar algumas coisas para evitar transtornos e confusões também:

  • O motor deve estar frio na hora de verificar o nível e quente na hora da troca de óleo. Para medir o nível do óleo é importante aguardar, aproximadamente, 10 minutos após parar o veículo para que o óleo retorne ao Carter, fazendo com que a leitura seja precisa com relação ao volume. Para trocar o óleo é importante que o motor esteja quente, pois desta forma, o óleo flui com mais facilidade, fazendo com que o lubrificante carregue com ele a sujeira do motor e para que a troca seja realizada rapidamente. Lembrando apenas que o nível correto do óleo é entre o máximo e o mínimo da vareta, ou seja, não se deve manter o nível próximo a nenhuma das extremidades da vareta.

  • Em hipótese alguma misture um óleo sintético ou semissintético com um mineral , as reações podem causar danos graves. Em casos de emergência, podem-se misturar as bases, ou seja, a mistura pode ser realizada entre um óleo sintético/semissintético com o óleo mineral, porém esta pratica é recomendada apenas em casos de força maior. Os lubrificantes sintéticos ou semissintéticos possuem óleos básicos com características superiores aos óleos minerais. A mistura entre eles gera um desbalanceamento da formulação e, em alguns casos, perda de viscosidade e aditivação, fatores que podem comprometer o desempenho do óleo e deficiência de lubrificação no motor

  • Há muita diferença entre os óleos desenvolvidos para carros e os desenvolvidos para motos. Os óleos para carros possuem aditivos que danificam as embreagens das motos pois ela e lubrificada pelo óleo de motor, danificam o motor, pois por possuírem aditivos antidesgaste fortíssimos que fazem com que os roletes e esferas dos rolamentos escorreguem em vez de girarem, causando um ponto de atrito e consequentemente um calor nessas peças.


 
 
 

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